segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Momento Claquete: O Cavaleiro Solitário

O Cavaleiro Solitário : poster

Lançamento: 12 de julho de 2013 
Duração: 2h e 29min
Dirigido por: Gore Verbinski
Com: Johnny Depp, Armie Hammer, Tom Wilkinson
Gênero: Ação, Aventura, Faroeste
Nacionalidade: EUA
Título Original: The lone Ranger 
Distribuidora: Disney/ Buena Vista 
Classificação:  
 


    Sinopse 

    Colby, Texas, 1869. John Reid (Armie Hammer) é um advogado que acaba de retornar à sua cidade-natal, onde vive seu irmão Dan (James Badge Dale), a cunhada Rebecca (Ruth Wilson) e o sobrinho Danny (Bryant Prince). John está disposto a cumprir a justiça ao pé da letra, levando os criminosos ao tribunal, apesar da resistência local. Ao acompanhar o irmão e outros Texas Rangers em uma patrulha pelo deserto, o grupo é atacado pelos capangas de Butch Cavendish (William Fichtner), um bandido que tem a fama de comer carne humana. Todos são assassinados, com exceção de John, que fica à beira da morte. O índio Tonto (Johnny Depp) o encontra e, ao perceber que um cavalo branco escolhe John, passa a ajudá-lo. Tonto acredita que John foi escolhido por um mensageiro espiritual e que, como voltou da morte, não pode mais ser morto. A partir de então John passa a usar uma máscara e, ao lado de Tonto, faz de tudo para reencontrar Cavendish.


***


     O Cavaleiro Solitário tem tudo que eu mais amo em filmes, ação, aventura, suspense e faroeste. Sim, e o Johnny Depp, claro. Então eu não poderia perder a oportunidade de assistir. Tinha muita expectativa em cima dele, todo mundo falando e eu li várias resenhas na internet cheias de comentários negativos então eu já estava apreensiva. Bem, diante de tanta crítica ruim eu tenho que pedir desculpa ao pessoal que não curtiu, um sinto muito para vocês, mas eu amei esse filme. 
     Bem, eu vou explicar porque todo mundo estava falando mal. Como todos sabemos o Johnny Depp desde os anos oitenta/noventa não faz mais tantos filmes em que ele não apareça cheio de caracterizações e por trás de mil e uma roupas, sujo, cabelos loucos e muita, muita maquiagem, porque é do estilo do ator fazer filmes assim. E eu não considero isso algo ruim, mas depois da loucura que foi com o filme Piratas do Caribe, também pela distribuidara Disney, o pessoal só falava disso, de como o Johnny Depp é legal e atuava bem e o Capitão Jack Sparrow é maneiro e tudo mais. Só que agora surgiu essa megalomania de Johnny Depp porque tudo que é filme que ele participa ele está lá, sendo o cara cheio de caracterizações e com uma dramatização e humor em gestos e falas que não é mais como se ele fosse um personagem novo e diferenciado, o que ficou muito nítido nesse filme do Cavaleiro Solitário, porque eu pude claramente comparar Tonto, o seu personagem no filme, com o Capitão Jack Sparrow de Piratas do Caribe. Acredito que pelas falas, humor irônico e algumas dramatizações em gestos. Mas não culpo o filme por isso, mas nesse aspecto eu tenho de concordar com o publico que criticou por essa semelhança tão grande, não é como se tivesse retirado pontos do filme, mas também não acrescentou por já ser tão esperado do ator. 
     Acho que devido a isso eu não consigo dar cinco estrelas, por detalhes como esses, além de alguns efeitos especiais e pontos de interrogação na trama. Mas tem muita gente e várias resenhas intitulando o filme como um fracasso, bem, eu não concordo. O filme foi incrível e devo dizer isso porque eu que fui criada vendo filmes de faroestes na televisão com o meu avô e pude sentir aquele sabor de infância de novo. A trilha sonora, o suspense por trás de todos os personagens e o enredo animador deram ao velho desenho de Lone Ranger uma nova visão espetacular que foi a junção de um ótimo diretor, maravilhosos atores e uma repaginada mais New. 
    Fatores de que o filme é demorado demais para a trama que se desenvolve, o Johnny Depp e outras coisas mais não creio que possam desvalorizá-lo tanto a ponto de ser taxado como um mau filme. O Cavaleiro Solitário é ótimo para ser assistido mil vezes, é o que se espera de um bom diretor que dirigiu Piratas do Caribe. Dá para dar muitas risadas mas como também de uma hora para outra você se sente tão a fundo no filme que você está apreensivo, nervoso e rindo novamente. O filme nos leva à 1869, Texas, e como começaram as construções de ferrovias nos Estados Unidos, a loucura pela descoberta do Ferro e os braços dados de chefes de poder para partilharam de bens e interesses próprios. Realmente interessante!
    Não é um filme surpreendente, é um filme familiar. Creio que as pessoas que conhecem bastante de faroeste e todos os filmes de Core irão entendê-lo sem sair das salas de cinema criticando pontos nem tão importantes assim. Os personagens foram muito bem escolhidos e depois, analisando alguns desenhos de Lone Ranger, eu pude facilmente ver a familiaridade de alguns atores e seus respectivos personagens, começando pelo ator principal Armie Hammer. Eles acertaram muito no filme principalmente por colocar humor nele e na características escolhidas para o vilão da história, o Cavendish. Foi como voltar a ser criança de novo e encontrar um novo episódio perdido de Lone Ranger só que direto do futuro. Amei.   
     Realmente vale a pena assistir!


                                      

        Curiosidade:

    Lone Ranger foi um desenho nos anos 60 que estreou com a ideia de o Cavaleiro Solitário desenvolvido pelo escritor Fran StrikerFoi essa uma das inspirações do filme e O Ranger e o seu amigo índio, o Tonto. Teve várias adaptações no cinema, quadrinhos, rádio e programas de TV como também junto ao Zorro.
 




         Galeria

           









            Trailer 





Annabel Laurino 




quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Grande Gatsby

 

Editora: L&M POCKET
Páginas: 205
Autor (a): F. Scott Fitzgerald
Tempo para ler: 1 semana
Preço: 16,00 (Vanguarda)
Classificação: 
       
   


    Para você que não curte romances antigos e não aceita nada na sua estante que não seja tão moderno quanto o lançamento do ultimo livro da semana passada, aqui está F. Scott Fitzgerald para quebrar todos esses paradigmas e preconceitos com o ilustre, O Grande Gatsby.
    Tudo bem, eu confesso que no começo eu não tinha essa ideia de que eu pudesse gostar tanto de um livro como esses, principalmente porque as versão de livros já considerados antigos ou são aquelas Pocket de capa fina demais ou são de capa dura e custam horrores, ou seja, ficam muito longe do que as pessoas consideram 'chamar a atenção', começando basicamente por ai. E sinceramente, não me chamava muito a atenção. Mas então parece que está vindo essa onda de ressurgir as obras antigas, começou com Jane Austen, e filmes para cá e para lá e agora já estamos até com o Gatsby e uma versão nova nas telas do cinema. E sendo mais direta, foi isso que me fez ler o livro.
    Não, eu ainda não vi o filme, mas eu me senti irresistivelmente atraída pela história. No começo eu fiquei desconfiada de que realmente eu pudesse gostar. A história do livro se passa em Nova York justamente nos loucos anos 20, por volta de 1922 e retrata bem o tal Sonho Americano e a mágica era do Jazz. O livro foi lançado pela primeira vez em 1925 então o tema é bem justo com a a própria época em que foi escrito. 
    Long Island é onde o centro efêmero da obra se revolta. É onde o materialismo estava em ascensão, a modernidade, o uso do corpo feminino, as descobertas da juventude se abrindo num leque sem fim. O que Scott nos mostra é uma sociedade cheia de pequenos pontos de interrogação, as pessoas não sabiam como ser felizes, elas só queriam ser e se sentirem satisfeitas de alguma forma, nem que para isso fosse preciso serem tão fúteis a ponto de se auto divulgarem, ou seja, todos queriam aparecer e ser alguém importante.
    A trama é contada não pelo próprio Gatsby, que até então é um mistério, e sim pelo Nick Carraway que tem uma vida bem simples e nada movimentada e se muda para Nova York em busca de maiores condições financeiras trabalhando com contabilidade, afinal, o épicentro finaceiro estava lá. Só que ao lado de sua pequenina casa sem graça em long Island há uma gigantesca mansão mais produzida como um castelo, onde a grama é verdíssima e bem cortada, flores e mais flores de todas as cores e as luzes, sempre acesas, iluminando todas as janelas e o jardim. Todos os dias há festas noturnas nessa casa, que vão do anoitecer até o amanhecer onde pessoas ilustres se encontram, astros do cinema, atrizes, cantores de jazz, escritores renomados e atores de teatro da Broadway. Ou seja, a casa ao lado da sua é uma mágica ostentação de luxo e Nick se sente cada vez mais curioso sobre seu vizinho, o dono da mansão.
     É em um jantar com seu amigo Tom Buchanan e sua esposa Daisy que Nick descobre que seu vizinho se chama Gatsby e que ele é mais conhecido que supunha. Muitas pessoas inventam horrores de suposições de quem seria de verdade o tal Gatsby, dono de um carro luxoso e amarelo, e de uma mansão onde festas insanas acontecem todas as noites. É em uma dessas festas que Nick acaba sendo convidado pelo próprio vizinho e de repente tudo começa a acontecer.
    F. Scott Fitzgerald tem uma capacidade maravilhosa de nos incluir em sua história por mais confusa que ela se pareça ser, afinal, para quem lê o livro agora tem uma ideologia muito distante de quando foi escrito, mas mesmo assim, ele consegue abrir sua cabeça e te mostrar o quanto precisa a história pode ser. Eu me vi encantada com cada personagem muito bem descrito, senti repulsa por alguns e não compreendi outros, mas foi exatamente o Grande Gatsby que me encantou, essa é a magia do livro, não há se quer uma pessoa que não se sinta atraída por Gatsby, e foi por essa razão que Nick Carraway o descreve tão bem, como alguém misterioso, enigmático mas que atrai as pessoas de alguma maneira, seja com seu luxo ou com o mistério do que o seu passado carrega.
    Foi nessa proporção que eu me apaixonei pelo livro, o passado de Gatsby,  a época dos anos loucos, a fragilidade da mulher sendo quebrada enquanto começou a ser vista como algo ruim que apaixonava os homens e os destruía,  o luxo e ostentação de carros lustrosos e roupas brilhantes e camisas bem passadas, salões de festas deslumbrantes e sim, a futilidade mascarada em pessoas que não sabiam mais ao certo no que acreditar a não ser nas coisas mais palpáveis que tivessem.
    Me senti bem nostálgica em alguns pontos da história - dos quais não posso citar porque estaria me precipitando - o livro me deixou bem pensativa quanto a muitas coisas e não pude evitar de comparar o mundo atual em que vivemos e o que e como ele foi um dia e quais são as semelhanças disso. Gatsby é um ser humano solitário e a sua solidão foi o que mais me comoveu, eu realmente consegui amá-lo ao mesmo tempo em que me senti triste e entendia o seu profundo passado do qual persegue com tanto afinco, assim como a tal luz verde do outro lado do cais. 
    Que saber? O Grande Gatsby é realmente um grande livro de um grande escritor, eu poderia ficar horas descrevendo e chegaria a conclusão de que ele realmente me surpreendeu, não somente porque conseguiu quebrar meu preconceito, mas pela história, pelo final surpreendente, pelos personagens que mesmo depois que você termina o livro parece que ficam em você durante horas. Eu amei lê-lo e amei mais ainda poder admirar uma obra como essa que pessoalmente, acho que todos deveriam ler. 
    Então como diria Gatsby : "Divirta-se, meu velho".


Annabel Laurino
     


    ***

Citações
   


  "- Ah, você recorda - acrescentou ela - uma conversa que tivemos uma vez sobre como dirigir um automóvel?
   - Ora, não muito bem.
   - Você lembra de ter dito que um mau motorista só estava seguro enquanto não encontrava outro mau motorista, não foi? Quero dizer que fui muito descuidada ao avaliar você. Pensei que você fosse uma pessoa honesta, franca e direta. Pensei que isso era o seu orgulho secreto."

  "Não há intensidade de ardor ou de euforia que possa desafiar aquilo que um ser humano é capaz de armazenar em seu fantasmagórico coração."

  "Gatsby acreditara na luzinha verde, naquele futuro orgiástico que ano após ano se afasta de nós. O Futuro já nos iludiu tantas vezes, mas não importa... Amanhã correremos mais depressa e esticaremos nossos braços um pouco mais além que, em uma bela manhã. E assim nós prosseguimos, barcos contra a corrente, empurrados incessantemente de volta ao passado."




terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Momento Claquete: Oscar 2013




    Carnaval? Não, não. Para mim o evento mais esperado de fevereiro é sem duvidas o Oscar. E esse ano será no dia 24, no domingo, o que é um dia já muito marcado no meu calendário, pois já se tornou uma tradição em que todos os anos eu acompanho de pertinho toda a transmissão que é passada ao vivo na Globo. É um momento especial, é o momento que eu coloco todo o meu lado critico para aflorar. Tem aqueles filmes que eu estava torcendo que concorressem e infelizmente não concorrem - paciência - mas tem também os que já estão na concorrência e eu gostei muito, então eu fico lá na torcida esperando uns 10 Oscar e analisando todas aquelas celebridades lindas de morrer naquelas roupas mágicas e brilhantes, e claro tem aqueles que Jesus erram feio no figurino...
    O Oscar não é só um programa cinematográfico, é um evento especial onde se encontram todas as referências do cinema e onde estarão os filmes que possivelmente vão se tornar referência daqui a uns anos após terem ganhado. E para quem se liga em cinema, é sempre bom se manter atualizado e saber sobre a trilha sonora do filme, quem produziu o que e quais são os atores coadjuvantes que estão estrelando. 
    Ele ocorre todos os anos, desde 1929. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood oferece uma estatueta banhada de ouro e prata, que já foi de gesso no período da Segunda Guerra e de bronze nos primeiros anos do prêmio. Símbolo de qualidade, segundo os críticos, das produções cinematográficas de todo o mundo. Prêmio que vira sobrenome dos atores e atrizes que o ganham.



    Até então ninguém sabe porque desse curioso nome "Oscar". Alguns dizem que foi porque uma secretária-executiva da Academia fez um comentário ao ver a estatueta dizendo "Parece meu tio Oscar!". O que depois se constatou que ela não tinha um tio com esse nome e sim um primo, o que gerou especulação e ficou por isso mesmo. E logo uma atriz Bette Davis que após receber seus dois Oscar (em 1935 e 1938 como melhor atriz) , comentou que a estatueta se parecia muito com seu marido por ser careca. Mas por fim o nome se firmou mesmo apenas em 1939, até hoje sem uma conclusão correta de o real motivo.



    Além de toda essa atenção dada aos filmes está também a maior atenção nos figurinos. É o evento em que todos os profissionais da moda pulam de exclamação, o evento que vira assunto no outro dia em todos os programas de TV sobre quem estava bem vestido ou não. "Se você não ganhou o Oscar não tem problema, mas vá bem vestido e não perca o sorriso congelado, por favor!!". É basicamente esse o tema. 
    E como não podia faltar eu já me programei da cabeça aos pés, dia 24 estarei em frente a telona com pipoca, comes e bebes e ouvidos atentos e olhos tinindo de percepção em cada detalhe sem contar a torcida para o filme do ano. 
   Na concorrência estão:

- Amor
- Argo
- Indomável Sonhadora
- Django Livre
- Os Miseráveis
- As Aventuras de Pi
- Lincoln
- O Lado Bom da Vida
- A Hora Mais Escura



***


    Para arrematar, a foto dos seres que eu considero os mais elegantes do Red Carpet. Daniel Craig e Maryl Streep. 







E então, vai conferir o Oscar também? Se sim, não esqueça de preparar sua pipoca que ainda da tempo de se atualizar nos filmes concorrentes e ficar na torcida se caso algum for seu favorito! 




Curiosidade:  O primeiro filme a receber um Oscar como melhor filme foi a produção chamada “Asas” de 1927, um longa metragem mudo que foi considerada pela biblioteca do Estados Unidos como uma obra a ser preservada para a cultura daquele país.


See You!



Annabel Laurino 






sábado, 16 de fevereiro de 2013

As Vantagens de Ser Invisível





Editora: ROCCO
Páginas: 224
Autor (a): Stephn Chbosky
Tempo para ler: 1 dia e meio
Preço: 29,00
Classificação: 






    Só existiria um único motivo para que eu não pudesse dar cinco estrelas a esse livro e o motivo foi que ao mesmo tempo que ele me deixou inspirada e instigada pela história, ele também me deixou com um pouco de tristeza. 
    Acho que quando refletimos demais sobre todas as coisas, sobre a verdade que nos cerca, sobre como as pessoas a nossa volta realmente vivem suas vidas, como elas realmente sentem e o que elas sentem, temos a perspectiva da verdadeira realidade de tudo, e isso pode assustar, ou até mesmo entristecer. 
    Com Charlie, o personagem principal do livro, isso acontece frenquentemente. Eu não esperava ficar tão comovida por essa história, mas fiquei. Então eu peguei as primeiras páginas e me deparei com cartas escritas e com o próprio Charlie contando toda a sua vida através delas. Ele escreve e as envia, mas você(o leitor) não imagina nem se quer para quem seja. Você também não sabe onde Charlie vive ou de onde ele está escrevendo suas cartas. Você simplesmente sabe de sua vida, você lê suas histórias e isso é o suficiente para compreender seu mundo. 
    Eu já tinha visto o filme As Vantagens de Ser Invisível antes de comprar o livro, então como eu gostei muito do filme eu fui lá e comprei, mas não li de imediato. Acho que eu só estava esperando o momento certo. Porque As Vantagens de Ser Invisível apesar de ser um livro pequeno e de ser uma leitura rápida e tranquilamente fácil, não é um livro que você possa ler como leria um livro de romance qualquer, é o tipo de livro que é necessário utilizar um certo filtro, centralizar nas emoções do personagem e pensar. Refletir sobre o que acontece.
    Charlie é um adolescente que deseja fazer parte de alguma coisa, de ter amigos e poder 'participar', tal como ele mesmo diz. Então ele conhece a Sam e o Patrick que são irmãos e veteranos da escola onde ele estuda, e depois de fazer amizade, Charlie começa a sair e frequentar festas e então nos deparamos com uma tipica adolescência normal, festas, drogas, bebidas, musicas e gente tatuada, tudo o que Charlie não estava acostumado a viver. Mas Charlie não é um adolescente normal. Você tira a conclusão do próprio nome do livro. Ele não é invisível só por ser solitário, ele é invisível por ser o cara que observa tudo e não diz nada, ele sente todas as coisas a sua volta, mas ninguém percebe o que ele mesmo sente, ele sim, ele vê tudo. Eu também o achei incrivelmente ingênuo em vários aspectos, não sei se ingênuo ou mesmo inocente.
    Charlie tem um passado que aos poucos é relatado em suas cartas, uma profunda dor com a morte de sua tia Hellen, e um amor platônico por Sam que namora Craig. De todos personagens o que eu mais gosto é o Patrick, e foi o que eu mais gostei logo de cara no filme também, achei ele tão legal e descontraído, e a história dele sobre ser gay é bem interessante. 
    Logo tem o professor de Charlie, o Bill, que lhe dá vários livros para ler pois ele acredita no potencial de Charlie para escrever e se expressar com as palavras. Os livros são todos citados no enredo e posso dizer que são bem bons, assim como as musicas que o Charlie e seus amigos escutam e que ele lista nas cartas. 
    As Vantagens de Ser Invisível é um livro profundamente impossível de ser descrito por inúmeros motivos, apesar de ser uma história pequena, acontece muitas coisas e vários personagens se modificam ao longo desta. É uma história que te faz pensar a cada página, contém um humor manso e ainda assim é muito instigante. 
    Eu fiquei triste quando terminei, não sei, eu me apeguei ao Charlie como se ele fosse meu amigo intimo, depois de todas as cartas dele e mesmo sabendo que não era diretamente, mas dá essa impressão mesmo assim, de que as cartas é para o leitor que está lendo o livro. É como se o personagem falasse comigo mesma e a cada parágrafo é como se eu tivesse recebido uma nova carta de Charlie. O que é engraçado. Então eu me apeguei a sua vida e aos detalhes dela, e quando livro teve fim, eu fiquei com aquela lacuna desesperadora de querer ter mais uma carta dele para ler e saber o que mais aconteceu, se ele estaria bem e essas coisas. 
    Por isso eu não vou dar cinco estrelas. É um livro perfeitamente bem bolado, bem escrito, a capa também é bem legal, com os atores do filme (se bem que eu queria a capa americana que é toda colorida). Eu gosto de livros assim, diferentes, reais, profundos e instigantes, eu realmente adorei esse livro e por isso eu o recomendo. 
   

    "Sam batucava com as mãos no voltante. Patrick colocou o braço para fora do carro e fazia ondas no ar. E eu fiquei sentado entre os dois. Depois que a música terminou, eu disse uma coisa: 
    "Eu me sinto infinito."
    E Sam e Patrick olharam para mim e disseram que foi a melhor coisa que tinham ouvido. Porque a música era ótima e porque estávamos prestando muita atenção nela. Cinco minutos de toda uma vida tinham passado, e nós nos sentíamos jovens de uma  forma legal. Eu cheguei a comprar o disco, e contaria a você como foi, mas na verdade não foi o mesmo que estar em um carro a caminho de sua primeira festa de verdade, e você está sentado no meio da picape com duas pessoas legais quando começa a chover."





Annabel Laurino





Sam diz ao Charlie assim que o dá uma máquina de escrever no Natal











quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Today Is :




    Sim! Hoje é o tão famoso Dia dos Namorados americano. Eu não sei, creio que devo ser uma das poucas pessoas que é apegada ás datas e feriados americanos e não somente ao dia dos namorados, mas aos outros também. Talvez porque eu ache que lá eles prestigiam bem mais esse dia do que aqui no Brasil. 
    Mas enfim, hoje é o Valentine's Day e não há nada mais romântico do que além da troca de lembrancinhas e do fato de estar comemorando esse dia especial com alguém mais especial ainda ao lado é poder prestigiar um dia tão legal! Fala sério, é quase impossível não achar fofo.
    Tem muita gente que fica meio nostálgica nessas datas porque ou não tem namorada(o) ou porque o querido(a) e amado(a) se esqueceu da comemoração e não rolou nem beijinho. O que pode ser meio triste mas eu já comemorei vários Valentine's Day sozinha ou com as amigas e sempre foi animado fazer programações legais com filmes, bolinhos e pipocas e depois sair para ir a algum lugar legal. 
    Então esteja você sozinho ou acompanho, eu desejo a você um Feliz Dia dos Namorados Americanizado!








Annabel Laurino

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Momento Claquete: Clube dos Cinco





Nome Original: The Breakfast Club
Direção e Direção: John Hughes
Lançamento: 7 de Fevereiro de 1985
Classificação:   






    Ta, eu não sou só apaixonada por livros, eu também sou loucamente apaixonada por filmes e principalmente alguns filmes antigos ou mais especificamente, filmes dos anos 80. Eu não sei explicar como essa paixão realmente começou, talvez com o meu pai me contando dos filmes da época dele em que assistia e fazendo questão de me mostrar, alugar para que eu visse e tudo mais. Foi talvez assim que tenha começado. Ou quando eu me deparei com aquelas histórias incríveis dos anos 80, as escolas americanas, as roupas trech rasgadas e descoladas, os cabelos arrepiados e bagunçados, as gírias e as falas sempre presentes em todos os filmes. Eu me apaixonei, assim como também comecei a me prender em todos os detalhes desses filmes, como a trilha sonora e os cenários sempre tão distintos. 
    Há horas eu queria escrever sobre um filme desses, que realmente me inspira de verdade, e eu pensei no meu favorito. Foi difícil escolher um dentre tantos os meus prediletos mas ai está. 
    Hoje vamos falar do Clube dos Cinco.



    


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"...E essas crianças em que você cospe, enquanto elas tentam mudar seus mundos, são imunes às suas consultas. Elas sabem muito bem pelo que atravessam...” (David Bownie)


Brian Johnson: 


"Sábado, 24 de março de 1984. Shermer High School, Shermer, Illinois


    Caro Sr. Vernon, aceitamos ficar um sábado inteiro na detenção por causa do que fizemos de errado se é que o que fizemos foi errado, mas acho que você está louco para nos fazer escrever este texto dizendo-lhe o que pensamos de nós mesmos. O senhor nem se importa? Você nos enxerga como você deseja nos enxergar. Em termos mais simples e com definições mais convenientes. Você nos enxerga como um cérebro, um atleta, um caso perdido, uma princesa e um criminoso.
    Correto? Essa é a maneira que nós víamos, às sete horas desta manhã. 
    Passamos por uma lavagem cerebral."



    É assim que começa o filme ao som de Don't You (Forget About Me) dos Simple Minds, com o personagem Brian Johnson (até então desconhecido) falando em um texto ao Sr. Vernon (até então também desconhecido) e a cena abre com a fachada da escola de Shermer High School onde o filme inteiro acontece. 
    E dai eu digo que é onde a mágica acontece. Não que ela já não estivesse acontecendo, com a musica perfeita e essa declaração do Brian, mas é que ai então que o filme realmente acontece sem enrolações, é ai que somos apresentados aos personagens que eu julgo os mais legais de todos os filmes que já assisti. 
    O próprio Brian aparece, ao carro com a mãe e as irmãs, o nerd, o estudioso, o frequentador dos clubes de estudos, o nosso interlocutor. Logo temos a Claire Standinsh, o Andrew Clark, a Alisson Reynolds, todos sendo levados a porta da escola no carro dos pais, em um sábado pela manhã. Até que surge um ser sozinho, chegando a pé, John Bender, o cara problemático. 
    Levados até a escola ao sábado, os cinco alunos devem ter que cumprir um dia inteiro de detenção trancados na biblioteca e supervisionados pelo severo Sr. Vernon.
    São cinco adolescentes, cinco pessoas completamente diferentes um do outro e que embora não sejam desconhecidos dentre si, até porque eles se vêem pela escola, eles não tem nenhum vínculo e alguns até nutrem uma certa empatia um pelo o outro. 
    Como a Claire, classificada como a princesa e filhinha de papai, a popular e esnobe. O John como um ser rebelde, boca suja e criminoso, o Brian como o nerd estudioso, o Andrew como o atleta e a Alisson, a estranha e o caso perdido, a calada e sem noção. 
    Eles não tem ideia do que irão passar durante a detenção. Se eles tinham em mente que iriam passar um dia inteiro sentados sem fazer nada, entediados e apenas se preocupando com a tarefa dada pelo Sr. Vernon de fazerem uma redação falando sobre eles mesmos para ser entregue ao final da detenção, eles estavam muito enganados.
    O filme prova que a diversidade de seres completamente diferentes pode até ser um obstáculo para que haja entendimento, pode até gerar conflitos, o que acontece muito no filme, mas por fim, tira-se um bom aprendizado. E foi o que aconteceu.
    Com John, o cara que enlouquece qualquer pessoa sã, dando dor de cabeça para o professor Vernon e burlando várias regras, os quatro não conseguem ficar por fora e mesmo que briguem entre si eles acabam se aproximando um do outro de uma maneira estranha e completamente, eu diria, normal, como naturalmente aconteceria.
   Não é um filme de adolescentes chatinhos como vemos hoje em dia em que a televisão nos faz uma ideia de modernidade e coisas fúteis sendo entregues de bandeja. O Clube dos Cinco, apesar de ser um filme sobre adolescentes é um filme de conteúdo, não porque tem palavras difíceis ( o que definitivamente não é o caso, tem até muitos palavrões), mas porque é um clássico dos anos 80, está ali exposto a verdadeira face da juventude que mesmo que seja estrangeira ainda há resquícios hoje em dia e talvez, a própria juventude que os nossos pais viveram. 
   Eu adorei e adoro o filme do inicio ao fim. Tem várias cenas marcantes, um pouco de romance, e muita, muita bagunça. O que torna o filme divertido. Há a cena em que os cinco sentam no chão da biblioteca e resolvem se abrir um com o outro, porque eles estão ali naquele sábado e o que fizeram e ainda fazem de errado. Segundo o próprio diretor, essa cena foi completamente sem roteiro, eles simplesmente decidiram cria-la de ultima hora e fugir do que já estava escrito, e eu achei que ficou perfeita no filme. E tem também a aproximação do John com a Claire, os dois mais opostos impossiveis. E a dança deles no meio da biblioteca.
   Como eu disse, a trilha sonora é ótima, mas a musica de abertura que é em si a trilha original do filme é a que eu mais gosto. Ela toca no começo e no fim do filme, e deixa aquele gostinho de quero mais. 
    Claire apesar de ser tachada como chata e etc. é uma das personagens que eu mais gosto e não saberia dizer porque, eu curto em si a própria atriz e também como ela representa. O meu outro favorito é o próprio John, o irritante, até porque já conheci vários John's Bender por ai. E claro, eu amo o Brian, mesmo ele tendo todo aquele ar de filho querido, é esclarecido no filme a pressão que um CDF tem que passar não só pela pressão imposta pela família mas a que ele cria em si mesmo. Não que eu não goste dos outros personagens, o Andrew é legal e tudo, mas não seria alguém que eu me interessaria por conhecer. E a Alisson é legal, mas chega a dar um pouquinho de receio só de imaginar ficar cara a cara com alguém te olhando daquele jeito.
   E essa nossa empatia que alguns personagens podem gerar em nós é uma lição do filme, o preconceito com o que é diferente e considerado, anormal.
   Enfim, eu recomendo. Se você não assistiu, você precisa assistir e eu falo sério. Além de um clássico, Clube dos Cinco é um retrato muito interessante de cultura, juventude e diversão. Vale a pena! E se você já assistiu, comenta ai o que achou do filme!




Final

Brian:

    "Caro Sr. Vernon, aceitamos ficar um sábado inteiro na detenção, pelo o que nós fizemos de errado, mas achamos uma besteira o senhor mandar agente escrever um texto sobre nós mesmos. Você nos enxerga como você deseja nos enxergar. Em termos mais simples e com as definições mais convenientes.
    Mas o que descobrimos é que cada um de nós é, um cérebro, um atleta, um caso perdido, uma princesa e um criminoso. Isso responde a sua pergunta? Atenciosamente, o Clube dos Cinco."


    






Video Thailler do filme:




Curiosidade: 
Em 2008, o filme foi escolhido pela revista Empire como um dos 500 melhores filmes de todos os tempos. Do mesmo modo, o The New York Times o colocou como o seu melhor filme na lista 1000 Movies Ever. O filme também é número 1 no ranking da revista Entertainment Weekly sobre os 50 melhores filmes High School e é inquestionável que o filme serviu e ainda serve de inspiração para outras obras cinematográficas.






Annabel Laurino




segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Amanhã Você Vai Entender



Editora: Intríseca
Páginas: 222
Autor (a): Rebecca Stead
Tempo para ler: 3 dias
Preço: 24,90 



     Miranda e seu melhor amigo, Sal, estudam juntos na mesma escola e caminham juntos para casa todos os dias. Os dois conhecem bem o bairro onde vivem, em Nova York. Sabem quais são os lugares seguros - por exemplo, o mercadinho - e sabem que algumas pessoas devem ser evitadas, como o maluco da esquina.
      Um dia, porém, tudo começa a ficar muito diferente. Sal apanha de um garoto na rua, aparentemente sem motivo, e logo depois se afasta de Miranda. A chave extra do apartamento dela, que a mãe esconde na mangueira de incêncio, é roubada. E então, do nada, surge um bilhete misterioso rabiscado em um pedaço de papel:




Estou indo salvar a vida de seu amigo e a minha.
Peço dois favores.

Primeiro, você precisa me escrever uma carta. 



    Outras mensagens continuam a chegar e Miranda percebe que quem as escreve sabe de coisas que ninguém deveria saber. A cada bilhete ela fica mais certa de que é a única pessoa capaz de evitar uma tragédia. até o último, quando parece que já é tarde demais.
    Amanhã você vai entender é uma história singular, que se passa no mundo real, mas tem como centro um enigma para lá de fantástico. É uma experiência original, brilhante e profundamente prazerosa.



***

    
    Capa linda, não? Pois é, adorei ela e foi justamente isso que fez eu me abraçar (literalmente) ao livro quando eu o comprei. Claro que jamais que eu compraria um livro apenas pela capa, mas a apresentação é tudo e eu tenho que dizer que essa capa ficou muito legal.
    A história do livro se passa em 1970, (viva os anos 70!) em Nova York (cidade dos sonhos). E isso é amazing, sem mais. Eu realmente comecei a simpatizar com o livro só com essas informações iniciais e quando eu percebi que se tratava de um suspense mesclado com aquele mistério e um pouco de ficção cientifica, eu amei.     
    É bem o estilo de livro que eu priorizo na minha estante, primeiro porque é o tipo de livro que te faz pensar, e muito. E depois que é o tipo de livro que mesmo sendo pequeno é cheio de conteúdo, bem escrito e com um time tão perfeito que enquanto você não devorar as 222 páginas não sacia a sede de saber o que acontece no final.
    Eu admito que não dava tudo isso ao livro antes de lê-lo. Não sabia o rumo da história e também nem desconfiava que fosse gostar tanto, o sentimento que eu fiquei depois que terminei, foi de que eu queria que houvesse mais livros como esses espalhados por ai.
    Miranda é uma menina de 12 anos que tem uma vida muito normal, ela mora em uma rua normal, em uma casa normal, uma vida normal. A mentalidade dela eu julgo por durona e inteligente, perspicácia e muito genial. Ela é bem diferente de uma menina de 12 anos comum, e isso a diferencia de imediato. O seu melhor amigo é um menino e ela é incrivelmente sábia para apenas uma garotinha. 
    O estilo da história é tão legal que eu achei que estava dentro de um daqueles longas americanos dos anos 70 onde tudo é como realmente é, a arte imitando a vida e ao mesmo tempo não é nada daquilo que você está pensando, e isso te surpreende de uma forma que faz você ficar boquiaberto.
    O suspense do livro é como um quebra-cabeça. As respostas das perguntas de Miranda estão exatamente embaixo de seu próprio nariz, mas nem ela e nem mesmo o leitor, conseguem perceber isso.
    Tudo muda de um dia para o outro, então o Sal, seu melhor amigo, para de falar com ela após briga onde vários meninos bateram nele, e que ela presenciou. Com mais ninguém para conversar Miranda dá uma chance a uma amizade com outras meninas para que possa se distrair. A sua mãe participa de um reality show dos anos 70 para faturar uma grana e tudo isso acontece enquanto estranhos e misteriosos bilhetes vão chegando em lugares inimagináveis e onde ninguém poderia coloca-los, mas que estão lá, perto de Miranda, para que ela leia e possa entender o que vai acontecer no futuro, avisos enigmáticos simplesmente. Isso mesmo, os bilhetes a avisam a respeito de acontecimentos futuros e essa é a parte 'futurística' da história. A viagem no tempo.
    Eu amei isso! Eu simplesmente queria beijar a escritora e dizer que eu fiquei feliz demais quando eu soube disso. Eu amo assuntos relacionados com viagens no tempo e coisas assim, e esse em si me deixou grudada ainda mais no livro. E amei ainda mais ou outros personagens como Anemarrie, Colin, a lanchonete do Jimmy, a Rodete e até mesmo a Julia. Todos muito singulares. 
    O final é surpreendente, faz realmente jus ao título do livro. E eu tenho certeza que qualquer um que ler vai adorar as personagens, a história, o enredo e o cenário onde tudo isso se passa. É adorável. O School Library Journal acertou quando disse que este livro irá encantar todo tipo de leitor. 





"O tempo é como um anel todo cravejado de brilhantes
- sem começo nem fim.
cada pedra, um momento."





Annabel laurino

Lonely Hearts Club




 Editora: Intríseca 
Páginas: 238
Autor (a): Elizabeth Eulberg
Tempo para ler: 2 dias
Preço: 29,90 (Vanguarda)


    "Eu Penny Lane Bloom, juro solenemente nunca mais namorar enquanto viver.
    Tudo bem, talvez eu reconsidere essa decisão em dez anos, ou algo assim, quando não estiver mais morando em Parkview, Illinois, nem frequentando a escola McKinley, mas, por hora, não quero mais saber de garotos. São todos a escória da humanidade, mentirosos e traidores. 
    Sim, todos eles. A essência do mal.
    Claro que alguns parecem ser legais, mas assim que conseguem o que querem, dão o fora em você e partem para o próximo alvo. 
    Então cansei. 
    Chega de namorar.
    Fim."

***

    Penny Lane Bloom cansou de ser magoada e decidiu: homens são o inimigo. Exceto, claro, os quatro únicos caras que nunca decepcionaram uma garota - John, Paul, George e Ringo.
    E foi justamente nos Beatles que ela encontrou a resposta à altura de sua indignação: Penny é fundadora e única afiliada do LONELY HEARTS CLUB - o lugar certo para uma mulher que não precisa de namorados idiotas para ser feliz. 
    O clube, é claro, vira o centro das atenções da escola McKinley. Penny, ao que tudo indica, não é a única aluna farta de ver as amigas mudarem completamente (quase sempre para pior) só para agradar aos namorados, e de constatar que eles, na verdade, não estão nem aí para elas. 
    Agora, Penny é idolatrada por dezenas de meninas que não querem enxergar um namorado nem a quilômetros de distância. Jamais. Seja quem for. Mas será, realmente, que nenhum carinha vale a pena? 

    Love is all you need... 
Ou será que não? 


***

   Eu vou ter que admitir, comprei o livro por causa dos Beatles. Mas fala sério! Retrata justamente o meu album favorito (com um porém na capa), que para quem não sabe ou não é fã dos Beatles, Sgt. Papper's Lonely Hearts Club Band é de fato um dos álbuns dos Beatles (novamente, o meu favorito ever).



   

    Então, estava eu procurando livros na internet até que eu encontro esse e me deparo com a história, foi amor a primeira vista, eu tive um troço, eu tinha que ler.
Não só porque fala dos Beatles, mas sinceramente foi um grande motivo que me impulsionou a ler. E quer saber? Eu curti bastante. A história é bem teen, com aquela coisa fofa de escola americana, amigas adolescentes com seus corações partidos e suas mágoas ressentidas, tudo muito light, o que torna a leitura divertida. 
    O livro em si é lindo, tem várias frases de musicas do álbum espalhadas nos capítulos que antecedem a história, frases numa folha única e junto com a tradução, e logo o conteúdo que em si é bem legal, todo cuidadosamente produzido com um carinho transparente. É um livro bem escrito de uma escritora nova e que teve uma iniciativa muito bacana. Ela mesclou Beatles com o que sabia de melhor, criar histórias românticas para adolescentes. 
    Senti uma baita inveja da personagem com o nome de uma das musicas (uma das minhas favoritas) dos Beatles, Penny Lane. Aliás, eu queria muito ter um nome de uma musica deles, sei lá, Julia, Lucy, Michelle, Rita... Mas, enfim, eu adorei a história do inicio ao fim porque é uma história cativante de uma verdadeira fã falando diretamente para uma verdadeira fã que certamente está lendo o livro. 
    Penny é uma personagem bem legal - tudo bem que eu tive vontade de estrangular ela em alguns momentos, com essa história toda de no boyfriends -, tem amigas hiper divertidas e o Ryan é o maior fofo. 
    Eu super recomendo, não só para quem é fã da banda, mas porque é uma história animada com um fundamento que todo mundo já passou né, vai dizer. Quem nunca não quis desistir da vida amorosa de uma vez por todas? Pois é, a Penny também. Eu também, aliás. Acho que todos nós um dia já nos desiludimos com a história de encontrar a nossa metade da laranja...
    Lonely Hearts Club é uma leitura saudável e que vai arrancar suspiros das fãs e cativar aqueles que até mesmo nem conhecem os Beatles. 
    Ótima leitura para as férias ao lado de um Brownie de chocolate e um cappuccino, nhán.
   

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    "Eu me sentia perdida. Precisava me esconder. Fugir. 
    Só havia uma coisa que eu podia fazer para aliviar a dor. Recorri aos únicos garotos que nunca tinham me decepcionado. Os únicos caras que nunca partiram meu coração, que nunca me desapontaram.
    John, Paul, George e Ringo.
    Qualquer um que já tenha se agarrado a uma música como um bote salva-vidas vai entender. Ou alguém que tenha colocado uma canção para aflorar um sentimento ou uma lembrança. Ou que tenha uma trilha sonora tocando em sua mente para embalar um diálogo ou uma cena."
      (in página 19)



Nota: 4 / 5   



   Annabel Laurino